terça-feira, 29 de março de 2011

Você é um criminoso.

E eu sempre luto por justiça.
A cada dia seus crimes aumentam, junto com minha vontade de puní-lo.
E quando chegar a hora, eu vou te prender.
Vou te prender pra sempre em meu peito, em meus braços, entre meus dentes.
Entre minhas pernas...

Coríntios 1, 1:13

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.

quarta-feira, 23 de março de 2011

15 1/2, dezessete 10

Quero alforria!
Quero me libertar!
Quero ver-me fora desse cubo cheio de luz.
Quero tapar meus ouvidos, não ouvir mais tua voz.
“Socorro!” meu grito ecoa mudo na mente.
“estou morrendo...”

17/03/2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

Quem são vocês...

Que vêm me atrapalhar a leitura, a respiração e os batimentos cardíacos?
Que não se definem tristes, felizes, ou só comovidas?
Que não sabem se vêm na solidão ou justamente quando encontro companhias melhores que vocês?
Que não sabem se são pelo passado ou pelo medo do futuro?

Quem são vocês...

Que clamam pelo meu toque?
Que me dominam os sentidos e desconcertam os sentimentos?
Que  não me deixam terminar de ouvir aquela música?
Que não me deixam ser madura e resolver os problemas que te trazem?

Quem são vocês?

Por quem são vocês?

quinta-feira, 10 de março de 2011

Banquinho.

A infância é realmente fascinante. Especialmente quando se tem companhias que permanecem até a morte... e hoje uma das minhas companhias morreu.
Quando eu nasci, ela já estava lá, pequena como eu, mas já bem mais forte. Ela ajudou a me alimentar, brincou comigo (até me machucou seriamente uma vez, e eu tenho a marca pra provar), me protegeu do Sol enquanto eu lia deitada no seu colo.
Ela tem parte significativa na minha história, conheceu meus outros amigos e nunca teve ciúmes deles, muito pelo contrário! Fez por eles o mesmo que fazia por mim desde que me lembro.
Mas ela se cansou. Bem antes que eu esperava. Tentei ajudá-la, mas foi em vão. Eu contava com ela pra ajudar meus filhos (que não terei) a crescer. E hoje vi seus braços perderem as forças e despencarem, como as lágrimas no meu rosto.
Vou sentir muita falta dela. De seu cheiro doce quando se enfeitava com flores pra namorar os passarinhos, e do chão branquinho quando a primavera acabava.
Agora olho pra fora e vejo um banquinho, onde ela já esteve por todos esses anos, e sempre estará...
Minha amiga laranjeira.

08/03/2011

terça-feira, 8 de março de 2011

Jim ♥


 Ele não precisava ser  herói pra ser "super". Ele não precisava de reconhecimento pra ser o melhor. Ele não precisava ser exemplo pra ser ídolo.

Ele não precisava estar lúcido.









Não precisava estar morto.

28/12/2010

quinta-feira, 3 de março de 2011

Enfermidade (para Jessica Fernandes)

Eu estive doente por um longo tempo, sentindo uma dor indescritível e aparentemente incurável. E quase foi incurável, apesar de os sintomas serem claros: nostalgiar frequentemente, odiar o passado, sentir saudades das pessoas, dos momentos mágicos da infância, buscar nesses momentos a cura pra tristeza.

Percebi que não adianta tomar "maracujina" pra curar azia. E não adianta tomar LSD quando se quer dormir. Não adianta te odiar por estar vivendo meu sonho. Assim como não adianta te amar por estar cuidando do meu anjo pra mim.

Demorou, foi difícil... Eu perdi cabelo, perdi pessoas, perdi a razão...

Mas eu encontrei os médicos certos. Os remédios certos. O tratamento certo.

Meus médicos foram os amigos de verdade que encontrei pelo caminho, enquanto tentava chegar ao precipício mais próximo.

Meus remédios foram os incontáveis litros de bebida alcoólica que consumi tentando afogar a angústia, o arrependimento e a inveja, que me queimavam por dentro desde o estômago até os olhos.

Meu tratamento foi a auto lavagem cerebral que sofri, que me convenceu de que já esqueci e que vocês talvez estejam bem melhor sem mim. E a arte que me levou pra longe daquela realidade idiota que me fazia desejar teu sangue.

Mas hoje estou curada, e espero, de verdade, que esse ano não tenha sido tão difícil pra vocês quanto foi pra mim. E que estejam mais felizes e decididos. E que ele não esteja chorando mais por você. Porque, se estiver, eu vou ter que adoecer novamente.