A gente é muito "do nada"!
Do nada a gente briga, do nada a gente fica...
A gente sai pra beber e, do nada, quase sai na porrada. A gente tá quase saindo na porrada e, do nada, se acaricia.
Não sei porque, nem em quais momentos, do nada a gente se odeia e, mais do nada ainda, começa a se amar.
Às vezes nossa relação parece um jogo de poder, meio que pra ver quem briga mais, quem bebe mais, quem se segura mais...
Mas quando não há plateia, não há espetáculo. Quando deixamos nossos personagens de lado, me parece bem menos compreensível... Tão confuso, cheio de receios, tão vazio de conceitinhos formados, tão... homem!
Não sei o que pensar sobre esse garoto... Receio não conhecê-lo, talvez por isso não consiga confiar... Mas me deixo levar, tola e inconsequente, sem sequer o desejar.
09/11/2010
domingo, 28 de novembro de 2010
Há (por que A?)
Há uma lata virada
Há um cão sobre o muro
Há um cão na calçada
Há uma casa no escuro
Há um pacote na rua
Há pouco gás no isqueiro
Há uma mulher morta, nua
Há vida naquele bueiro
Há uma música tocando
Há um pássaro mudo
Há uma criança chorando
Há ser humano no mundo?
04/11/2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Nas ruas de Curita...
Ama esta cidade, ama este poeta.
Escondida atrás das lentes dos grandes óculos negros, oculta os olhos verdes, brilhantes, transbordando ofegância ao achegar-se em meu peito, que também palpita ao sentir a maciez de seus longos cachos castanho-claros acariciando meu queixo. Nas ruas de Curita.
Meu piercing refletia a luz de seu sorriso tímido e sincero, que por tanto tempo esteve esquecido naqueles lábios rúbios que adoro tocar, enquanto eu, confuso, me segurava para não a beijar.
Vivo a contrariá-la, não por discordar, mas para ver em seu rosto alguma feição que não me encante tanto. Em vão.
Vejo que não é Capitu, não é Jocasta... Tem em meu rosto sua expressão. É meu coro, meu carrasco, meu anjo-luz na escuridão...
06/04/2009
Escondida atrás das lentes dos grandes óculos negros, oculta os olhos verdes, brilhantes, transbordando ofegância ao achegar-se em meu peito, que também palpita ao sentir a maciez de seus longos cachos castanho-claros acariciando meu queixo. Nas ruas de Curita.
Meu piercing refletia a luz de seu sorriso tímido e sincero, que por tanto tempo esteve esquecido naqueles lábios rúbios que adoro tocar, enquanto eu, confuso, me segurava para não a beijar.
Vivo a contrariá-la, não por discordar, mas para ver em seu rosto alguma feição que não me encante tanto. Em vão.
Vejo que não é Capitu, não é Jocasta... Tem em meu rosto sua expressão. É meu coro, meu carrasco, meu anjo-luz na escuridão...
06/04/2009
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