domingo, 22 de julho de 2012

Saquear é preciso!

Me perguntaram onde estive esses dias, desde Domingo...
Pois saibam que naveguei por mares revoltos! Enfrentei sereias, piranhas, magia negra da pior espécie e monstros marinhos gigantescos, que por várias vezes arrancaram pedaços do meu navio, mas tive um bom marujo a me ajudar na viagem...
É verdade que da minha tripulação sobraram poucos realmente confiáveis, já que alguns marujos morreram, outros simplesmente abandonaram a tripulação com o primeiro tesouro em mãos, e um dos mais importantes se entregou a uma sereia ha pouco tempo...
Mas uma vez alguém me disse que não importa seu destino, desde que o trajeto seja feito com sinceridade e em boa companhia e, realmente, cada um decide aonde, como e com quem quer navegar.
E nesta aventura meu destino era próximo: um baú perdido numa cidadezinha litorânea do Paraná, de arquitetura encantadora onde vive John Lennon depois que se cansou da Yoko Ono e onde, dizem, a rotação da Terra é diferente, mais lenta.
E eu encontrei esse baú! E seu conteúdo era o mais memorável e valioso tesouro em que já botei minha mão direita e meu gancho. Nele haviam: uma garrafa de vinho de nome aleatório vazia, um jogo de trilha feito com folhas de caderno, dois arcos de alguma barraca saqueada, alguns discos de vinil, um livro de velho-oeste, um azulejo velho lascado, uma moeda de vinte cruzeiros, um camarujo e um filos... Sinceramente este último eu já esperava encontrar desde a época do Ensino Médico, fui buscar esse baú por causa dele. Só não imaginava que fosse tão preciosa joia... E, por mais que eu precise de dinheiro, prometo nunca me desfazer dela!
E a quem me perguntou, digo que passei alguns dos melhores dias da minha vida vivendo a história da busca por um tesouro, o último encontrado por uma piratinha que já deixou de saquear sozinha. Só não me perguntem detalhes, pois estes estarão pra sempre e somente em minha memórica...


11/07/2012

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Amigo.



Amigo é um tipo de gente.
Gente que não se vende e não tenta comprar a gente.
Gente que só de estar perto já faz o tédio sumir.
Gente que ri da gente com a gente e que não liga de rir de si.
Gente que não diz que gosta, que simplesmente te mostra, sem se esforçar.
Que topa sair numa aventura, sem certeza nenhuma, sem fartura, mas com tudo que alguém precisa: um amigo sincero!

Feliz Dia do Amigo! *-*

20/07/2012

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Sexo e ouro.



Sexo é veneno. 
No entanto, não há nada 
que seja mais bonito 
que uma bela gozada. 
Transam padres, transam freiras, 
transam putas e rameiras. 
Não há coito que se compare 
ao furar da britadeira. 



Que me desculpe Leminski, mas sexo é bem mais interessante que cocô. :)
09/07/2012

terça-feira, 17 de julho de 2012

Preciso.



Estou tentando me matar.
Estou tentando te matar em mim, tentando te botar pra fora como você fez comigo da primeira vez que terminamos. Que VOCÊ terminou. E pediu pra voltar. E voltamos. E nos amamos... EU te amei, você me jogou no lixo, como aquele lenço que fiz pra você sem sequer perguntar se eu queria de volta. Se eu ME queria de volta.

E agora eu sou isto, isto que você me fez...
Uma garota nua tentando se reencontrar. Uma prostituta sem pai fumando um cigarro e olhando pela janela do motel enquanto um cara qualquer se limpa e vai embora. Uma mulher que se vende por identidade, que busca em outros corpos reencontrar a energia, ou melhor, a vida que deixou na tua cama.
A TUA cama?
A cama que ganhamos do teu pai... E que já deve estar com o cheiro dela...
Lembra-se como era antes de ganharmos essa cama? haha
Dormíamos juntos num colchão de solteiro jogado no chão do quarto, praticamente um encima do outro, e transávamos...
Como é transar com ela na nossa cama? Como é gozar naquela cama sem mim?

Me lembro da última vez que transamos.
Todos os planos da noite deram errado e eu acabei indo dormir com você. Nos deitamos pra dormir e você tirou a cueca, quando perguntei por que, você disse: "Sei lá! Tira também, quero te sentir esta noite..."
Parece que você sabia que era a última vez. Lembro que, no meio da noite (e isso deve ter acontecido umas três vezes) você se virava e involuntariamente me tocava, e de repente ficava intencional, você me acordava e me penetrava, enquanto eu mordia suas mãos e lábios pra não acordar tua mãe com os gemidos.
Tenho saudades da tua cara enquanto eu tinha orgasmos... Surgia um sorriso sádico e orgulhoso no teu rosto, como o de um artista recebendo um elogio por sua obra-prima. E eu nunca mais verei aquele sorriso. Eu nunca mais terei o mesmo sorriso... Eu não tenho mais nada.

Só tenho minha arte, que não significa nada pra ninguém. E talvez nem pra mim...
A arte que você jogou fora como um papel higiênico usado... Ou não?
Às vezes, pra amenizar minha dor, meu ódio nem sei mais, eu imagino a cena de você se desfazendo dos meus presentes... Será que você sequer leu o "eu te amo" daquele lenço pela última vez antes de jogar fora? Você o cheirou, buscou me sentir nele? Você hesitou? Passou pela tua cabeça espirrar aquele restinho do meu perfume que você tanto gostava no teu travesseiro?

Mas sinceramente, eu sei que não. Isso seria muito "eu".
Ou era, nem sei mais.
Só sei que quero me conhecer denovo, conhecer quem sou depois de você.
Mas antes preciso que você passe.
Preciso não precisar que você passe.
Preciso não precisar de você.

04/07/2012